Salário mínimo pode ir a R$ 1.521 em 2025 com nova previsão de inflação, mas governo avalia mudança em regras; entenda
Ministério da Fazenda atualizou projeções de PIB e inflação neste ano
Por Thaís Barcellos e Bernardo Lima — Brasília - 18/11/2024 12h44 Atualizado há 58 minutos
O salário mínimo deve chegar a R$ 1.521 em 2025, se mantida a regra atual de reajuste. A previsão considera a nova estimativa do governo federal para o INPC, índice de inflacionário usado para atualizar o piso nacional. Atualmente, o mínimo é de R$ 1.412.
Na apresentação do orçamento do ano que vem, o governo inicialmente previu que o mínimo chegaria a R$ 1.509 em 2025, mas considerou que o INPC seria de 3,82% até novembro. Hoje, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, responsável pelas projeções oficiais, atualizou essa projeção para 4,66%.
O aumento de R$ 12 em relação ao previsto no Orçamento para o trabalhador deve gerar um impacto nas contas públicas de cerca de R$ 12 bilhões, nas contas do economista Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos, considerando que o piso nacional é referência para o reajuste de diversos benefícios sociais e previdenciários, como a aposentadoria, o seguro-desemprego, o abono salarial e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
No ano passado, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva retomou a política de reajustes acima da inflação para o piso nacional, que havia sido encerrada na gestão de Jair Bolsonaro. Ela prevê, anualmente, além da recuperação do poder de compra, um ganho real referente à variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Em 2023, houve crescimento de 2,9%.
Essa regra, contudo, é alvo do pacote de contenção de gastos obrigatórios que vem sendo discutido pelo governo. Uma das medidas em estudo é limitar o crescimento real do mínimo ao mesmo teto do limite de gastos do arcabouço fiscal, de 2,5%. Dessa forma, o ganho real cairia, no ano que vem, para 2,5% — uma redução de 0,4 ponto.
O valor fechado do salário mínimo só é sacramentado em dezembro, quando saem os dados oficiais do IBGE e o presidente da República assina um decreto com o valor.
Fonte: O Globo
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