Covid: Fortaleza tem declínio de casos após aumento repentino ligado à nova subvariante
Especialistas frisam a importância de proteger grupos de risco por meio da vacinação e isolamento para casos confirmados
Escrito por - Redação - producaodiario@svm.com.br - 21 de Dezembro de 2024 - 07:00
Legenda: População prioritária deve buscar postos de saúde para vacinação - Foto: Davi Rocha
A capital cearense tem uma tendência de declínio dos casos identificados de Covid desde o início de dezembro após a alta transmissão da doença ligada à nova subvariante LP.8.1. Em 10 dias, por exemplo, o total de testes positivos passou de 352 (2 de dezembro) para 67 (12 de dezembro) – diminuição de 80%.
Neste ano, foram confirmados 7.099 casos da doença e outros 1.547 em investigação até esta sexta-feira (20), conforme o monitoramento feito pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). No momento, a positividade está em 31,25%, o que significa que três a cada 10 exames feitos confirmam a infecção.
Em outubro, eram cerca de três a sete casos confirmados por dia de Covid em Fortaleza, mas os números começaram a crescer já em novembro. No dia 18 do último mês, por exemplo, 54 pessoas receberam o diagnóstico da doença. No dia 2 de dezembro, 355 casos da doença foram registrados, sendo o maior número até o momento. Após isso, a curva mostra uma tendência de queda nas infecções identificadas.
Aumento dos casos de Covid estão associados à nova subvariante
Confirmações estão em tendência de queda desde o início de dezembro
Questionada sobre o cenário epidemiológico de Fortaleza, a Secretaria Municipal de Saúde se limitou a enviar nota que não atesta pico de casos. "No período de 8 a 14 de dezembro, o cenário epidemiológico de Fortaleza apresentou uma positividade de 43,9% nos testes de detecção do coronavírus. Esse resultado representa uma redução de 8,8% em comparação com a semana anterior, que registrou 52,7%. Não houve óbitos confirmados nesse período. Até o momento, não há definição sobre o pico de casos", contextualizou.
Mesmo diante dessa redução, é imprescindível que a população mantenha os cuidados, como a higienização frequente das mãos e o isolamento de pessoas doentes. Em caso de sintomas de síndrome gripal, a orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima da residência.
Secretaria da Saúde de Fortaleza
Neste momento de circulação viral, não há uma procura tão expressiva da população por testes como em outros períodos da pandemia, o que indica uma subnotificação e impacta no monitoramento feito pelas autoridades de saúde.
O secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto, conhecido como Tanta, explica que essa observação impacta no balanço de casos do Estado devido à capital cearense concentrar o maior número de infecções.
"Hoje em dia Fortaleza está em declínio (de casos), mas algumas cidades do interior ainda estão subindo. O número absoluto de casos, se você pegar o Estado, vai ser menor porque agora em Fortaleza nós atingimos um platô e parecemos estar na descendência", destaca.
De modo geral, os aumentos de casos estão relacionados ao surgimento de uma subvariante com maior transmissibilidade que as anteriores. "A variante engana o sistema imunológico temporariamente e depois reconhece e responde. A partir de 30 dias, temos um platô e a tendência é de queda”, contextualiza.
Isso acontece porque a população cria uma resistência após a infecção, o que freia a permanência da transmissão. "É uma variante que se expande muito rápido e esgota a população que ela pode atingir", detalha Tanta.
Vamos monitorar, evidentemente, mas achamos que podemos ter um Natal e Ano Novo de alegria com as nossas recomendações
Quais os sintomas da Covid hoje?
Não há dados ou um estudo específico sobre os sintomas específicos da nova subvariantes da Covid, mas o que os profissionais da saúde no Ceará observam é o quadro comum de indisposição, cansaço físico ou "moleza" entre os pacientes. “Temos observado, em relação a essa nova variante, queixas da moleza no corpo, cansaço, algo que poderia até se confundir com dengue, antes dos sintomas respiratórios. Nesses casos, você precisa ser visto por um profissional”
Conforme o Ministério da Saúde, os principais sintomas da Covid são respiratórios, como tosse, dor de garganta e coriza, principalmente em casos leves. Nos casos moderados a graves, podem surgir tosse e febre persistentes, falta de ar, desconforto respiratório e dificuldade para se alimentar.
Principais sintomas da Covid:
Tosse
Dor de garganta
Coriza
Perda de olfato
Dor abdominal
Fadiga
A indicação para buscar ajuda médica acontece quando os sintomas vão além da simples congestão. Casos onde a respiração é prejudicada, por exemplo, precisam ser avaliados por médicos.
24 locais com vacina para grupos prioritários (acima de 12 anos)
Regional de Saúde I
Posto de Saúde Airton Monte: Rua Alberto Oliveira, s/n - Jardim Iracema
Posto de Saúde Paulo de Melo: Rua Bernardo Porto, 497 - Monte Castelo
Posto de Saúde Francisco Domingos da Silva: Avenida Castelo Branco, 4707 - Barra do Ceará
Posto de Saúde Lineu Jucá: Rua Vila Velha, 101 - Barra do Ceará
Regional de Saúde II
Posto de Saúde Pio XII: Rua Belizário Távora, s/n - São João do Tauape
Posto de Saúde Aida Santos e Silva: Rua Trajano de Medeiros, 813 - Vicente Pinzón
Posto de Saúde Fátima Maria Quezado: Av. Pintor Antônio Bandeira com Av. Carlos Jereissati, s/n - Praia do Futuro
Posto de Saúde Liduina Maria: Rua Ramos Botelho, 601 - Papicu
Regional de Saúde III
Posto de Saúde Waldemar de Alcântara: Rua Silveira Filho, 903 - Jóquei Clube
Posto de Saúde Meton de Alencar: Rua Perdigão Sampaio, 820 - Antônio Bezerra
Posto de Saúde Clodoaldo Pinto: R. Banward Bezerra, 100 - Padre Andrade
Posto de Saúde Hermínia Leitão: Rua Gen. Couto, 470 - Quintino Cunha
Regional de Saúde IV
Posto de Saúde Dom José Bezerra Coutinho: Rua Primeiro de Janeiro, s/n – Parangaba
Posto de Saúde Roberto Bruno: Av. Borges de Melo, 910 - Fátima
Posto de Saúde Valdevino de Carvalho: Rua Guará, s/n - Itaoca
Posto de Saúde Oliveira Pombo: R. Rio Grande do Sul, s/n - Pan Americano
Regional de Saúde V
Posto de Saúde Rita Maria Lemos Coelho: Rua Geci Freitas Monteiro (em frente ao número 67) - Parque Santa Rosa
Posto de Saúde Dr. Pontes Neto: Rua 541, 150 - Conjunto Ceará - 2ª etapa
Posto de Saúde Luciano Torres de Melo: Rua Delta, 365 - Manuel Sátiro
Posto de Saúde Luíza Távora: Tv. São José, 940 - Mondubim
Regional de Saúde VI
Posto de Saúde Mattos Dourado: Av. Des. Floriano Benevides, 391 - Edson Queiroz
Posto de Saúde Lúcia de Sousa Belém (Messejana): Rua Coronel Guilherme Alencar, s/n – Messejana
Posto de Saúde César Cals de Oliveira: R. Capitão Aragão, 555 - Alto da Balança
Posto de Saúde Melo Jaborandi: R. 315, 80 - Jangurussu
Quem deve se vacinar
A vacina contra a Covid-19 foi inserida pelo Ministério da Saúde no calendário de rotina de bebês e crianças de 6 meses a menores de 5 anos, pessoas com 60 anos ou mais e gestantes, da seguinte forma:
Pessoas dos grupos especiais têm recomendação de receber uma dose por ano;
Pessoas com 60 anos ou mais: duas doses por ano, sendo uma a cada seis meses;
Gestantes: uma dose a cada gestação, em qualquer idade gestacional;
Bebês e crianças: de duas a três doses no ano, dependendo do fabricante da vacina e da condição vacinal.
Já os chamados "grupos prioritários" são compostos por:
Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme calendário de vacinação
Gestantes e puérperas
Idosos 60 anos ou mais
Trabalhadores da saúde
Pessoas com deficiência permanente
Pessoas com comorbidades
Pessoas imunocomprometidas
Pessoas que vivem em instituições de longa permanência
Pessoas privadas de liberdade
Adolescentes cumprindo medidas socioeducativas
Funcionários do sistema de privação de liberdade
Indígenas
Ribeirinhos
Quilombolas
Fonte: Diário do Nordeste
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