O texto foi apresentado pela senadora Dorinha Seabra (União-TO), que ofereceu uma alternativa ao Projeto de Lei (PL) 3652/2023, que inicialmente visava o perdão total das dívidas dos estudantes no programa. Aprovada em caráter não terminativo, a matéria segue agora para avaliação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Conforme o texto aprovado, a cada semana de trabalho, com pelo menos 20 horas, os estudantes que possuem dívidas no Fies terão direito a reduzir uma prestação de sua dívida, além de receberem reembolso pelas despesas de transporte e alimentação.
Ainda de acordo com o texto, as dívidas são estimadas em R$ 11 bilhões, com mais da metade dos beneficiados com compromissos atrasados. Além disso, aponta que, do ponto de vista do direito constitucional à educação, essas dívidas se apresentam como uma contradição, principalmente porque, em sua maioria, os principais devedores são estudantes carentes ou trabalhadores.
Catarina Santos, especialista em educação, explica que a possibilidade de pagar as dívidas do Fies por meio da prestação de serviço público pode ser uma medida positiva. “Se você pensar no estudante que está sem condições de pagar e pode prestar serviço público para pagar essa dívida, se for feito certinho, isso é bom. Mas a questão é como é que isso vai ser utilizado, quais são as regras estabelecidas”, avalia.
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação voltado para financiar a graduação de estudantes em cursos superiores pagos, conforme previsto na Lei 10.260/2001.
O educador financeiro Francisco Rodrigues afirma que o Fies é um programa positivo, mas destaca que é “fundamental” para o estudante avaliar seu orçamento e realidade antes de assinar o contrato.
“Colocar avalistas que realmente vão dar segurança para esse contrato e que você consiga se formar e não desequilibrar a sua família para você, de fato, poder sair da faculdade com a certeza que vai dar continuidade aos pagamentos, que vai quitar a sua faculdade e que vai para o mercado de trabalho com a consciência de que vai ser um bom profissional”, reforça Rodrigues.
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